segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Só é feliz quem sabe o que quer...

Por final o medo que seduzia e reluzia dentro de mim virou pó. Entre instantes eu ainda questiono que felicidade é optativo, e eu optei por ser feliz. Dois anos depois talvez eu carregue algumas lembranças, mas nada vale mais apena do que esses dois últimos meses vividos. Dois, dois, sempre o dois na minha vida, e eu na consciência sutil e sagaz do; Dois de abril, vinte dois anos, dois anos, dois meses e nada mais. Determinação sempre me comoveu, ainda mais quando pra mim lutar por aquilo que é ser feliz basta, e por ai vai entre esses poucos minutos cá estou eu de volta, escrevendo, vivendo e sonhando novamente.
Sumir sempre fez parte da introdução de momentos que escolhi pra vida. Uma hora estou aqui, outra hora estou la, mas eu estou e assim que deve ser. Refazer, conhecer, agir, deixar as coisas fluírem. E para que a vida de certo é o limite da razão que fala mais alto nessas horas.
A proposito, eu encontrei alguem. Eu encontrei algo, alguem ou talvez tenha reencontrado. E foi isso que eu senti a primeira vez que olhei dentro dos olhos de criança que estavam em minha frente. Eu me sentia acomodada, calma, e confortável. A musica de fundo parecia ambiente e o que acontecia la fora; la fora permanecia. O que me fazia viver ali era o ar, a musica, seus olhos,  pois sonhar faz parte e só é completo quem quer transbordar.

São Paulo, 20 de agosto de 2012

Um dia comum, mas não pra mim, não naquele segundo que eu contava km pela primeira vez na vida. A noite era uma tanto quanto fria, as musicas que tocavam no som do carro um tanto quanto pesado com  malas eram românticas, mas eu não conseguia deixar uma musica tocar inteira. Meu coração disparava em meio a outra ultrapassagem, e eu queria que o dia seguinte chegasse logo naquelas horas.
Cheguei no hotel, despachei as malas e ao olhar para porta tive lembranças da minha ultima vinda a São Paulo, insanamente incrível, mas por mais que passasse pouco tempo eu me via outra pessoa, talvez com outros ideais. Entrei pela porta um tanto quanto familiar e subi ate meu quarto, entrei e por meio das cortinas encontrei uma sacada um tanto quanto enorme. E era aquilo que eu precisava. Céu escuro, luzes de prédios e por mais incrível que pareça uma brisa de ar puro e gelado em meados de São Paulo. Eu me sentia livre, eu, purificada.
Fazia um pouco mais de uma semana que meu celular era metralhado de sms, e eu tava gostando, e não sabia por qual motivo mas tava bom. Logo que que sempre tive repulsa sobre essas coisas depois de acontecimentos passados. Fui deitar, esperando que cada vez que eu abrisse meus olhos de ansiedade no meio da noite, ja fosse o fim da tarde e sem saber o certo motivo era pra ser.
Atordoada com essa ansiedade boba eu tentava me controlar na manha do dia seguinte e nada era o suficiente. Parecia que as horas andavam de ré, e la estava eu contando os segundos e esperando receber uma sms de ''não vou mais'', e por segundos sem motivos meu mundo cair.

A noite chegou. Tomei banho ouvindo Incubus, o bafo do chuveiro era tão quente que eu brincava de escrever o que ia falar quando entrar no carro, eu ria sozinha e involuntariamente diante daquela situação inteira. Me sequei e tremia, mas não saberia explicar se era o frio ou ansiedade. Coloquei calça branca, blusa de renda preta, salto, maquiagem e desci. Eu respirava fundo, tentando parecer calma e acostumada com certas coisas, mas a minha vontade era dizer pera, para tudo, pq eu to assim? A Amanda, da uma segurada vai! Meu celular tocou pensei comigo. ''Fodeu, chegou!'', mas por instantes havia só se perdido. Eu olhava o contador de Km e parecia não funcionar ate que eu sai pela porta em conversa com o recepcionista e... chegou!

Meu coração parecia uma bateria de escola de samba, aquelas bem descompassadas, de barracão de bairro mesmo. Sem ritimo, sem compasso e eu me contendo para que não percebesse. Entrei no carro sorri e sei la beijei! Fiquei meio assim mas era o que meu corpo fez! Dei oi, sorri e fomos a diante de lugar algum. Me senti uma louca entrando no carro de aguem que eu mal conhecia, ou para falar a verdade não conhecia e indo para qualquer lugar que rolasse beijos, sexo, bom papo e bebida. Eu não me conformava por estar fazendo aquilo, mas eu estava, e paramos o carro em frente a um bar que eu tinha ido da ultima vez que estive em SP.
Olhei pro lado e começamos a nos beijar, foi um beijo sei la gostoso, entregue, quente. Ate resolvermos que não era hora de entrar no bar e saímos sem rumo (...)
Uma ladeira um tanto quanto escura a musica rolava solta e os beijos também, quando me dei conta estava totalmente entregue olhando nos olhos mais lindos que eu já tinha visto. Mas eu desviava o olhar, sabia que não podia fixar e muito menos me apaixonar e assim foi o combinado ate ali.
Parei sentei com a cabeça mole e jogada de qualquer jeito no carro fixei nos olhos e de fundo tocava uma musica que dizia tudo, e nada ate entender. Eu parei, meu coração disparou e eu, eu, eu não conseguia dizer nada, só olhar e sorrir de volta. E foi quando eu percebi que estava perdida, completamente perdida.
Eu não conseguia sair dali, eu não queria quebrar aquele momento e por fim fomos beber uma cerveja.

Entre o intervalo de dois copos americanos contei minha vida resumidamente, eu olhava a outra ponta da mesa do mesmo modo em que eu me sentia, só não deixava transparecer ate que apareceu um homem vendendo rosas, e tentando quebrar qualquer ciclo entre nos, só que não. A noite estava acabando, e ja era hora de ir mas por mim permanecia ali, ou em qualquer lugar só com você.

Chegando no hotel a frase foi ''Não vamos nos apaixonar, e nem podemos'' de ambas as partes. E ja era trade demais eu sabendo e não querendo. Me despedi com medo de saber se nos veríamos no dia seguinte, e eu com meu medo saliente dizendo, ''não amanha tenho que ver uma amigas'' e tomando de resposta ''amanha também tenho compromisso''
Subi esperando com que o vento batesse e mudassem os planos, e assim eu deitei na minha cama, suspirei e vi o dia chegar...

Certas coisas acontecem porque tem que acontecer. Eu acredito no destino, no estar escrito e em tudo que o amor tem para dar. Era para ser, e hoje é. Deixar a vida passar nunca foi do meu fetil, mas se entregar desse modo é assutados para quem me conhece. Amanhã conto o restante, ate a parte do eu te amo, e os papeis se inverterem...

Por hoje basta, mas pra sempre não! Teamo