domingo, 29 de abril de 2012

Querer nem sempre é poder, ate o ponto em que da para mudar, ou não!

Espasmos de lembranças vêm me rodeando, as luzes coloridas já não tem mais a mesma graça. To me encontrando de novo, to fechando os olhos, respirando, e bem. Faz frio em Santos, as pessoas andam estranhas, fora do controle ou anormais no meu ponto de vista. Ou talvez eu estivesse no mesmo apse de entretenimento que elas e não conseguisse ver o que tinha ao meu redor. Redor que ultimamente sou eu, a musica, os livros, alguns poucos amigos e trabalho. Talvez eu não tenha mais idade para tais coisas, talvez eu esteja seca demais, ou estivesse sóbria demais para entender o que só eu conseguia enxergar além dos olhos de cada um, talvez eu, talvez...

Queria o silencio profundo e profano agora, queria poder despejar tudo o que penso ultimamente por meio de palavras um tanto quanto soltas, sem sentido. Mas a capacidade
de bloquear certas coisas esta querendo me dominar. Eu que sempre vi os dois lados, começo a ser egoísta e querer ver apenas o lado bom, o meu lado bom. Cortei o cabelo, desfiz compromissos, não fui onde deveria e parti corações que sempre preservei. Dizer a verdade pode magoar as pessoas, mas me deixa de alma limpa. Não posso beijar outra boca desejando unicamente o calor do corpo de certa pessoa; Crueldade com meus e os sentimentos alheios. Fecho as portas, tampo os buracos e espalho placas de que estou fora de qualquer coisa que venha falar de amor. Amor àquele que queira adoçar a vida dos outros, mas e a minha? Onde fica? Mel, adoçante ou açúcar? Nada! Eu ando amarga. Eu ando inconstante. Não queira se aproximar de mim me pagando um drink ou me propondo projetos onde certamente eu aceitaria falando de arte. Porem feche teus olhos e perceba que eu posso ser muito mais ''vivida'' do que você.
A tua beleza pode ser estonteante para meio mundo, mas eu não beijaria a boca de ninguém enquanto não esvaziar o que sinto. Sim, claro você não tem culpa dos meus antecedentes, mas eu tenho meus crimes cometidos que não repetiria o mesmo erro de ser condenada por mim mesma por uma segunda vez. Talvez você combinasse com as minhas amigas, eu não sou boa o suficiente para uma única noite. Se bem que eu daria qualquer coisa por mais uma única noite com outra pessoa. Mas o que isso mudaria, talvez nada, talvez tudo. Como vasto é o amanhã, hoje estou aqui te dizendo tudo isso, amanhã posso estar bêbada em uma balada qualquer e te esbarre dizendo que quero você. Mas eu sei que não farei isso, eu ando centrada demais nos meus conceitos metódicos de que quero evoluir mais ainda. Como eu te disse, talvez eu esteja velha demais para tais aventuras.
Eu posso te dar uma dica? Se afaste de mim. Sim, se afaste. Eu posso ser uma arma para você. Por saber que deseja ver se meus olhos mudam de cor como te falei em uma conversa qualquer posso transformar sua vida numa merda. Vai que eu cismo com você e queira te seduzir com o jeito em que olho dentro dos teus olhos, do modo em que sorrio de lado, como mordo os lábios ou como te fito fazendo você imaginar que te desejo.
Vai, sai enquanto é tempo, existem mil pessoas nos olhando, amanha já estarão falando o total inverso. Que te paguei uma cerveja e que já esqueci quem eu gosto facilmente. Por mim eu desceria com você acenderia um cigarro e falaria qualquer uma das minhas historias, mas isso iria te impressionar mais ainda, e te fazer querer saber cada vez mais. Mas por fim, eu não fumo, e não estou bebendo. Para falar a verdade nem sei o motivo que estou aqui. Eu deveria estar debaixo das cobertas tentando dormir. Mas hoje é sábado né? As pessoas sociáveis devem sair. E se eu deixar de sair? Ainda vai me querer. Sim isso faria você me querer mais, ok essa verdade toda te faz me querer por querer. Entenda, eu não quero, eu não posso, conforme-se.

Olhe ao seu redor, quanta gente interessante. Por que logo eu? Meu novo corte bagunçado? O meu jeito de sorrir para todos? Ou simplesmente o meu modo de olhar filhadaputamente para cada um. Se bem que não faço isso faz um bom tempo. Ok, desisto vou ser curta e grossa desta vez.

Eu to esperando alguém, não sei por quanto tempo. Para falar a verdade nem sei se devo esperar. Mas eu estou fazendo a minha parte, esperar. Portanto eu só quero que chegue. Pré determinei um tempo em minha mente, mas eu sei que tudo será quebrado. Sabe, é aquele sorriso, aquele jeito de me olhar depois que fazemos amor. Estou sendo cruel, eu sei. Mas entenda estou te colocando em um campo elevado, o da amizade e talvez isso te faça mais importante do que qualquer outra coisa. Mas eu estou encantada. Não faz o meu tipo convencional, mas é diferente, esse diferente que ta me segurando. Em outras situações eu já teria jogado tudo pra alto a partido. Mas não, eu sinto que devo permanecer, eu sinto que precisa de mim mesmo relutando. É uma grande diferença de idade mas não vejo graça nos mesmos da minha idade ou próximos. O único defeito é deixar levar pelos primeiros obstáculos que aparecem. Sabe, eu não to sofrendo, e nem vou. Sofrer é sentir dor essas coisas e tal, mas no amor a gente não sente dor, a gente aprende a se conformar. Uns demoram demais, outros de menos, mas eu, não sei, talvez tenha nascido com o conformismo de berço. E se não for não era. Só não vou me perder por isso. Dae então eu saia de vez.

Mas se eu pudesse entraria pelo quarto adentro apagaria todas as luzes, abriria todas as janelas, acenderia umas velas, o incenso mais sutil, colocaria um cd e arrancaria a roupa de alguem por inteiro. Mal deitaria, faria amor por todos os lugares de seu apartamento em forma de despedida do lugar tão tão distante, e mataria qualquer saudade que eu tava da minha boca naquele corpo suado de quando fazíamos amor. Beijaria teu corpo por inteiro e deixava minha boca sentir cada espaço que existe ali. Me entregaria por inteiro, deixaria fazer o que quisesse. Deixaríamos os suspiros e respirações tomarem conta do som ambiente. Tudo muito intenso, frenético e devastador. Sobrariam então as coisas desarrumadas, as marcas de corpos suados por todos os lugares e Por fim, beberia um dos vinhos mais amargos para me fazer acordar e não imaginar que estaria sonhando no dia seguinte e surtar por horas depois por tudo ter acabado novamente. Pois sempre foi assim, e eu me torturo, mas prefiro isso do que ter saudade dos lábios mais gostosos de serem saboreados.

Eu sei, já disse talvez seja horrível estar ouvindo tudo isso, mas eu te peço. Não me espere, não venha atrás de mim. Eu to me abrindo com você, eu to te dando a chance de sair correndo o mais rápido passível para longe de mim e então procurar nova moradia, pois eu, talvez já tenha feito o mesmo que você, e estou aqui....

Feche teus olhos, me abrace forte e entenda, eu to te dando uma chance de não querer entrar aqui. Vá! Não cometa meus erros. 
Desculpe não perguntar, estou aqui a horas mas não perguntei qual seu nome? -Alessandra.
Prazer você já deve saber mas, me chamo Amanda!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Aperte o play e leia pela ultima vez e nada mais...



Conseguir entender o que as pessoas pensam nunca foi o meu forte, mas saber decifrar seus desejos mais fortes, sim. O que faço quando da sua parte não consigo nem ler o que teus olhos querem dizer!? Penso em inúmeras chances de te fazer feliz, mas de tanto bater de cara na porta do mundo que você criou para si mesmo estou com uma cicatriz enorme em minha mente. Onde estou perdendo a minha consciência por tempo indeterminado. Mas ainda permaneço aqui, cansada com as costas na porta, sentada no chão completamente sem ar esperando você abrir e dizer que posso ficar de vez. Mas se isso não acontecer prometo partir de vez quando o próximo trem passar me trazendo de volta para onde eu vim antes de chegar ate você...


Sabe, me deparei com o meu quarto totalmente de pernas para o ar. Uma bagunça incomum como se tivesse passado um furacão por ali e revirado tudo. Haviam fronhas manchadas de rímel e cobertas emaranhadas de uma noite não dormida. Eu podia sentir o cheiro da desordem de perto. Um cheiro doce, calmo que talvez venha da camisa jogada ao lado do travesseiro que por ventura deve ter sito o consolo da noite anterior.

Entrei, sentei e fiquei ali por algumas horas encostada na parede da janela pensando em tudo, e quase nada conclui. Levantei, joguei tudo para o chão, virei o colchão do outro lado, troquei os lençóis, as fronhas e qualquer vestígio de tristeza presente naquele quarto. Coloquei cores talvez. Catei os papeis de chocolate, os restos de papeis rabiscados e poucas das maquiagens espalhadas.
Essa confusão mental e sentimental esta me tirando do serio. Essas idas e vindas, esse silencio profano e profundo e essa calmaria. Arranquei a internet do celular para parar de me expor. To relutando contra meus dedos para não enviar mensagens e meu coração grita por tanta falta de paciência que me desespera. O que será isso? Uma prova para as minhas vontades? Ou apenas orgulho alheio recheado de mimimos de ambas as partes?
Na verdade eu não sei, só sei que existo aqui, e essa outra parte lá. O que esta acontecendo? Nem imagino, mas sei que essa falta que a falta faz esta me dominando e eu estou lutando comigo mesma para saber ate quando irei suportar. Mas enquanto isso, preservo os meus sentimentos, para que não sejam ditos com tanto apreço e recebidos com desinteresse. Relembre, fale, e sinta. O que mesmo você quer? O quão sou importante? Nada! Nada de nada e esse nada todo é um nada que me rotula de paciente e disciplinada.
Talvez uns tapas na cara vindo de amigas, ou algumas tardes ao por do sol cure, já existiu tempos muito piores e desses tirei o meu melhor. Por quanto tempo eu não sei, mas ainda estou aqui, só que em silencio e sentimento. Nada mais...

Relembrar e perceber que cheguei no limite da minha razão por pensar em apenas algumas únicas cenas que vem em minha mente. E essas cenas se repetem inúmeras vezes no meu dia ate eu pegar no sono e acordar suando e não conseguir dormir mais. Lá se vão três dias e nenhuma palavra a mais...

Ela desceu, ficou esperando o som do teu carro invadir a rua. Encostada na parede mexia no celular enquanto ouvia Incubus e tentava imaginar como proceder em meio a situação. O celular vibra e seu corpo junto. ''Desce!'' Foi o tempo de desencostar da parede e você chegar.
Ela entrou no carro relutando para não ter que olhar no seu rosto e sorrir, mexeu no celular mas não teve jeito. A saudade estava maior do que qualquer outra coisa, então ela se entregou nos lábios mais macios que poderia ter. Era uma prova de fogo, ela sabia que sofria o risco de amanha sofrer por vontade própria, mas decidiu seguir.
Falaram, falaram e falaram. Ate que chegaram na sua casa, ela quis ouvir ao invés de falar, para falar a verdade, ela estava como se fosse sua primeira vez. Nervosa, sem reação e querendo aquilo loucamente. Abriu as portas e aquele lugar calmo trazia a sensação de calmaria e de estar tão perto do céu como das ultimas vezes. ''Fazia um bom tempo que não vinha aqui. '' Disse ela relutando com as palavras na boca. Mas na realidade não fazia tanto tempo assim, mas para ela qualquer dia é uma eternidade.
Jogou-se na cama e ficou com uma das suas manias babacas de falar besteira nas horas erradas. Desajeitada como sempre via as luzes serem apagadas e uma melodia calma começava. Então os corpos começam a se entrelaçar e nada mais precisa ser dito.
Sua vontade era incontestável de querer aquilo ali, ela suspirava e se entregava completamente. Foi arrancando a sua blusa e deixando com que o balanço da cama fizesse o restante. Entre beijos e sorrisos as roupas estavam jogadas pelo chão.
Os pingos de suor seus caiam no corpo dela, e cada um era uma arrepio desigual. 
Ela passava as mãos pelo teu corpo enquanto o ritmo era único, ensaiado e sem roteiro. Os suspiros eram cada vez mais alto, ate que o apse do prazer foi encontrado de ambas as partes ate os corpos se encontrarem totalmente relaxados e desfeitos de qualquer irregularidade de ambas as partes.
Estavam assim, entrelaçados um ao lado do outro. A musica continuava a tocar e os sorrisos e palavras faziam parte de tudo aquilo. ''Essa é a parte que eu mais gosto. '' - Qual? ''Essa depois do amor, de ficar assim juntos conversando... '' E um cigarro foi queimado da forma em que ela relembrasse a primeira noite, a primeira vez...

(...)

E hoje o que restou? Nem ela sabe. Não sabe ao menos o que eram, o que são. Dentro dela existem inúmeras certezas, mas do outro lada não sabe o que se passa. Se ela pudesse mudaria tudo e deixaria por completo. Mas não tem o poder, pois existem certas coisas que não basta a vontade de um e sim de dois.

E então talvez ela tenha escolhido ficar na dela, pois quando há saudade existe amor, e o que é seu vem. Enquanto isso ela coloca suas coisas no lugar e espera, até a hora em que o tempo for só de passagem... E uma sms ou um telefonema mude tudo, pois ela cansou de brigar por querer te ter ao lado. E essa é a ultima vez que ela diz escrever sobre.

Sem mais, ela realmente gosta de você...