terça-feira, 22 de maio de 2012

Divergência de sentimentos

A relatividade do tempo é baseada naquilo que a gente deseja. Talvez dependa de nos, ou de qualquer força maior julgada de positividade, mas querendo ou não tudo parte da nossa vontade de viver aquilo que nos faz bem, e ultimamente é só isso que desejo... o bem ao meu redor! Virar e dizer que não fiquei ''sentidinha'' ao ouvir qualquer coisa seria hipocrisia da minha parte. Então prefiro ficar em silencio e não dizer nada que eu queira pensar ou tenha total certeza de fatos que já previa. Como sempre disse é possível ver o tamanho do quanto sei te ler só ao olhar nos olhos. Mas eu criei esse bloqueio, e da minha parte as coisas estão fazendo sentido. Des do dia em que eu resolvi dizer ou expor qualquer sentimento ainda que existente e persistente dentro de mim, quando fechei as portas fiz questão de deixar com que qualquer coisa de ruim entre nos ficassem para trás.

Eu vim escrever para você, pois em todos os meus textos nenhum deles referem-se a uma carta...

Estou te escrevendo pois esse é meu único jeito de conseguir dizer tudo que eu quero sem precisar me expressar de maneira errada como você fala. Tal frase que você diz, me faz ter vontade de te socar por não gostar de repetir as coisas que falo.
São quase quatro horas da manhã de terça para quarta e eu fiquei revirando a cama inteira ate arrancar todo o lençol que cobria o colchão e me irritar por ter que levantar para arrumar com toda essa dor no corpo e febre alta que estou, como desculpa de escrever tudo isso aqui.
Ouvi minha mãe dizer que pode ser psicológico, mas tal imaturidade que não possuo mais para sofrer de recalques adolescentes por vontades não feitas, além do mais quem se irrita com vontades não sou eu e sim você.

Toda essa historia, rolo ou qualquer coisa que você queira denominar entre nos foi feita de ''portas'''. Sim, portas. Portas não trancadas, portas trancadas, trocadas e ate mesmo coloridas.
Refiro-me a textos que fiz pra ti quando reclamei que fechei a porta sozinha em relação a não voltar mais. Penso também que tudo que foi nosso tenha ficado no outro apartamento, que eu deveria ter dito tudo que eu disse e ali quebrado qualquer vinculo romântico entre nos. Eu sei que fui rude, seca e sem pensar. Mas se eu não tivesse feito aquilo, nem imagino como estaria hoje, ou talvez imagine.
O engraçado é que perdi o costume de olhar nos teus olhos, quando me lembro claramente da ultima vez que os vi a meia luz do teu quarto, e me relembro como citei anteriormente, foram um dos mais doces que já havia visto. Poderia ali ter tido teu coração em minhas mãos, ou em outras vezes, mas penso que as coisas acontecem como devem ser, e se a escolha não foi essa, reflito que não foi apenas minha culpa.

Admito também ter ficado sentida quando disse que estava conhecendo outra pessoa. Sim normal, o silencio predominou e eu agradeci por milhões de vezes você não ter olhado meu rosto. Pois nem imagino minha expressão. Apenas tentei indagar algumas palavras para que o silencio não predominasse, mas não consegui e então algumas tuas na forma de se explicar quebraram o vazio e então na realidade eu passei as mãos pela nuca como sempre faço quando não sei qual atitude tomar.
Para falar a verdade nem sabia o que estava fazendo ali, talvez eu tivesse ido no intuito de arrumar as coisas ou qualquer bagunça que eu fiz, mas declamo ser tarde demais.

Sai da tua casa enfurecida, eu não sou assim, mas me contive e sei que você nem percebeu. Minha vontade era ter jogado teu telefone na parede quando tocou e ter feito você entender que eu estava ali, ou então mandar você sumir com as coisas que trouxe pra mim pois eu estava correndo um serio risco de perde-los. E perde-los para alguém que você conheceu praticamente ontem, mas não a minha razão sempre corrompe qualquer formula minha de tentar fazer o que talvez seja certo ou errado.
Eu sei de tantas coisas que você nem imagina, talvez eu sei de coisas que você não sabe sobre você, mas sempre preservei minhas visões além do que conseguem enxergar para não assustar ninguém.

Eu não via a hora de sair dali, reparei que você mal olhou no meu rosto e fez questão de deixar claro que precisava sair. Então desci as escadas na tua frente fazendo uma piada qualquer para não dizer o que estava na cabeça e entrei no taxi pensando em mil coisas. E uma delas foi que nada mais será como o lugar tão tão distante em que vivi por três semanas ou mais.

Entreguei-me aos pensamentos e olhei para o céu e raparei que a Lua não aparecia fazia tempo e que talvez ela sim tenha saído de ferias para fazer uma lavagem cerebral como você diz, em relação a nos. E então eu concluo que tinha tomado o rumo das escolhas certas. Eu queria apenas colo de alguém que eu iria encontrar dali alguns metros e percebi que talvez tudo que esteja sentido seja real.

Em partes eu só queria um pouco mais de tempo para me acostumar, e fui dormir chorando de algum sentimento que não sei definir. No dia seguinte a raiva estava visível em meus olhos e eu só queria paz e sai de longboard para ver o mar e tomar um pouco de sol.
Acabei suando demais e pegando a friagem da rua quando eu sabia que iria ficar doente, dae então deixei claro que isso tudo talvez seja birra por não ter as coisas que eu quero, logo eu que sempre te questionei por isso. Mas sei que de boa parte eu fiz isso, ou por parte toda.

Ouvi inúmeros conselhos e nenhum deles eu tirei nada, pois nem eu sei mais o que se passa. Cabe a mim dizer que talvez eu goste de alguém, e só isso que eu posso te falar.

REPITO por três vezes bem alto para que faça eco e você possa me escutar... ''Tão inacabado fostes que tu deixastes o outro apartamento vazio como tudo entre nós. Sorte a minha de que pintastes tudo de branco, ou cores claras, para que o novo pudesse entrar.'' Sussurro: Esse novo não fomos nós. 





quinta-feira, 10 de maio de 2012

03h42 pode ser assim?

Pude sentir o pulsar do meu corpo ainda por alguns poucos minutos depois que abri os olhos, parecia que a cama era pedra e meu corpo o mar junto ao teu indo e vindo, e por fim eu só queria voltar a sonhar, ou talvez que fosse realidade de coisas mais seguras no amanhã... O mesmo formigava como se eu estivesse usado as drogas mais pesadas e deliciosas do mundo, mas foi simples, calmo, sereno e sutil olhar dentro dos teus olhos enquanto nada que fosse dito, resolveria algo. Talvez o vazio seja doce demais para ser visto como algo ruim, e foi isso que eu pensei quando consegui ter ar nos pulmões novamente.

Calmamente eu tento ver o que o escuro do meu quarto trás para mim. Eu luto reluto em piscar os olhos, mas vejo que cada vez mais a penumbra toma conta, parece que meu corpo vai esfriando e minha respiração ficando mais forte e eu consigo ouvir os meus batimentos bem de perto. Nesses momentos que eu penso que posso estar enlouquecendo, mas tenho a certeza de que qualquer loucura é valida quando bem planejada. Penso em coisas que ficam martelando aqui, que não deixam meu corpo sossegar. Já passam das três horas da manhã e eu tive que me sentar e começar a dizer tudo antes que me sufoque e venha uma taquicardia qualquer que não me deixe mais dormir com tanta adrenalina em meu sangue.

Eu poderia te ter em minhas mãos, ok eu não poderia ou poderia, meio abstrato falar de você. Eu paro e penso que fiz de tudo que podia, ou quase tudo. Eu tive paciência de esperar, eu tive vontade de lutar contra tudo, mas talvez eu tenha tido vontade de parar de percorrer uma estrada sem fim, onde eu mal sabia o destino. Por conta de você sempre me parar propositalmente em obstáculos chulos e imaturos. Penso também que essa minha parada tenha sido por conta de tantas ''brecadas'' que você me deu, que talvez eu tenha começado a ir mais de vagar para não me assustar das próximas vezes.
Existem coisas diferentes em ti. Você voltou extremamente fora do tempo, sem ritmo, talvez sem caminho concreto. Mas com um modo mais doce, não sei talvez seja da minha cabeça, mas parece que teus beijos mudaram, que teu corpo esta mais leve. Enquanto eu me sinto uma pedra, um poço cheio de placas de proibido entrar, ou talvez eu esteja enrolada em um tubo de plástico bolha para não quebrar.
E eu que sempre quis te ver assim, talvez precise voltar a ser o que era. Não que eu tenha mudado, mas sim que eu tenha esfriado. ''Lavagem cerebral'' ficou soando na minha cabeça a noite inteira de ontem, se eu pudesse dava um soco em mim mesmo, mas eu deveria me orgulhar por ter parecido que consegui, se nessa altura do campeonato nem eu sei mais como estou.

Uma das piores coisas foi dizer tudo àquilo que eu disse ontem, quando boa parte daquilo ali talvez seja engano meu. Quem sabe nada tenha mudado, eu continue sentindo a mesma coisa ou talvez eu esteja LOUCA demais e fora do controle para querer dizer mais uma vez toda a verdade. Que eu sinto muito por você...

Mas de tudo isso eu entendo que esse sentimento amadureceu dentro de mim. Parei de ver que as coisas poderiam ser perfeitas e comecei a enxergar por outro angulo. Aquele de que se for só por hoje vai ser, e que amanha não devo esperar nada, loucura minha fazer as coisas deste jeito, mas talvez esse seja o único  de conseguir ficar perto ou não.

Santos, cidade onde as pessoas estão no mesmo tempo e espaço, mas para cada uma o tempo percorre velocidades diferentes... E eu não sou ninguém para querer ou conseguir mudar o tempo alheio. Mas preservo pelo meu, onde eu não entendo de onde vem tanta paciência de continuar as coisas, mas boa parte do meu peito sempre estará ali esperando o teu. Sorte a minha de conseguir entender e compreender fatos, se não, teria feito do meu tempo uma arma contra mim mesma e a usado pra me fazer parar de uma vez por todas.
Hoje já não me importa de nada o concreto, as coisas assim andam me fazendo bem, felicidade a da minha alma por adaptar-se a qualquer situação, se não eu já estaria perdida...

Eu posso te decifrar só por olhar, diante de nossas trocas de ''tapas'' hoje disse o quanto previsível era, e eu nem me importo quando posso fazer de tudo para te deixar bem, mas entre aspas diárias quero isso essa essência de emoção bem mal dosada quando o que eu mais gosto é te irritar, e sempre consigo. Mas o teu jogo me faz perder a linha, e eu terminaria tudo isso te socando e te beijando para terminar tudo em sexo quente entre nós e mais nada.

Eu to querendo o isso, essas nossas trocas de palavras rudes com um senso de humor avantajado, essa minha vontade de querer me deitar com você fingindo não se importar se gosto ou não. E assim procedem as coisas um dia da vontade de cada um e talvez um mais um vire uma única vontade de dois, e essa termine na cama enquanto fecho meus olhos antes de esperar o amanha...

E vai ser assim, devem ser assim...
E eu que jurei nunca mais escrever sobre você, talvez esteja quebrando todas as regras. Como se eu não quebrasse todas da sociedade, e como se isso me importasse. Contradizer às vezes geram coisas boas quando o intuito é ser feliz e mais nada...

Boa noite!