quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ainda vejo o mundo com os olhos de criança...

1 de Novembro, terça feira, véspera de feriado.

Doce Novembro venha com toda vontade pois sempre foi o mês mais querido no meu calendário. Que seja doce todas as manhãs em que eu acordar e que traga paz para tudo que passa pela minha vida...

Acordar com a sensação de que o dia será lindo é a melhor forma de curtir a vida e pedir para que o dia seja bom. Vibrações e pensamentos bons geram coisas boas com toda certeza do mundo. A lei da positividade é real, basta querer e acreditar.
Coloquei um jeans, um moletom quentinho e com capuz, balancei o cabelo para colocar o meu desarrumado no lugar. Passei a mão nos meus fone e desci rumo a auto escola.

O fato da minha casa ter três andares me irrita a maioria das vezes pois sempre que eu estou no térreo eu lembro que esqueci algo e preciso subir tudo aquilo para buscar. Abri a porta da garagem e olhei para o céu inalando cada partícula de ar que meu pulmão poderia roubar. O dia estava particularmente lindo em todos os sentidos.

Cheguei na auto escola, esquina da minha casa e como sempre com as minhas piadas matinais. Juro as vezes eu não sei por que sou assim, mas fazer as pessoas sorrir é revigorante pra alma então eu fico com isso que me faz bem. Subi na moto e conversando com o Marcelo meu instrutor ele disse que acha que eu menti pra ele. Que eu já andei de moto, que como em poucas aulas eu sabia tudo. Eu ri e disse que ''sou foda dig dim''; ele não entendeu mas riu também.
No meio do Cais ele para a moto manda eu descer e diz leva! Eu fiquei em choque, mas ao mesmo tempo não pensei das vezes pulei pra frente e imaginei minha mãe sofrendo do coração vendo isso.

Sabe, foi incrível. Não entendo esse meu vinculo entre a velocidade, o perigo e a vontade de viver. Aquele ar frio da manha batendo no meu rosto, e eu sorria, só ria! Cheguei la onde aprendemos a fazer as coisas do exame e toda feliz eu fiquei brincando de dirigir.

Levar as coisas com os olhos de criança faz toda a diferença na minha vida.

Voltei pra casa, me troquei e fui rumo ao trabalho. Cheguei atrasada como sempre, mas eles nem ligam mais. Com o passar do dia me irritei com algumas coisas. Ver pessoas sendo falsas com as outras, ver pessoas reclamando da vida. Pensar que cada segundo pode ser o ultimo seria mais interessante do que viver reclamando, mas eu levo a crer que poucas pessoas pensam assim, ou quase nenhuma, uma ou duas, sei la.
Depois de quase sete meses de idas e vindas de brigas e porradas de frente entre eu e minha chefe. Ganhei o meu reconhecimento. Cartão 85, e toda responsabilidade dobrada nas minhas costas. Penso que comandar pessoas mais velhas que eu não é tão fácil, quando você tenta fazer de tudo mas a cara feia alheia vem de frente a você.
Mas, eu abstraio e levo em conta de que é apenas coisas para o crescimento.
Sai do trabalho um tanto quanto tarde, mas devo aproveitar esses últimos tempos de seis horas, pois em breve as oito baterão em minha porta.

No carro minha mãe sempre com as piadas internas sobre gay. Sabe, eu nem ligo mais, deixo pensar o que quiser e com isso não gera discussões involuntárias sobre algo que deve ser vivido para entender.
Particularmente pra mim os gays são seres mais desenvolvidos dos que os outros. Pessoas que amam pessoas independente da cor, sexo ou beleza. Eles amam um ser humano e não um corpo e pra mim isso basta qualquer discussão vinda de quem não entende ambos os lados.

Passei o Gonzaga inteiro inventando melhor melhor do mundo com meu pai. E falando como o Saaaaaaaaabio. E eu sorria com a alma e mal sabem eles que o que me faz sorrir assim é algo e alguém muito bom.

Cheguei em casa e me senti culpada, gastei metade da agua do mundo em um banho quente e relaxante, merecedor para quem teve um dia cheio.

Me vesti, decidi tudo e parti para onde estava a criatura mais linda, mais fofa do mundo.

Cheguei, bati um papo com o cara da portaria e subi. Hey, com quem eu dou de cara. Marina! Aquele meu jeito envergonhado de falar a primeira vez com as pessoas tomou conta de tudo e eu consegui dizer ola Marina eu sou a Amanda! Nossa o tamanho de idiota que sou. Subi e quem estava la ai ai ai a coisa linda da minha vida.

E na minha mão jogam uma Canon Rabel xsi acho que já podia fechar a noite pois pra mim ja era o suficiente. Admito estar chatinha no inicio da noite, ou melhor cansada. Mas quando se trata de você eu vou para qualquer lugar. Sentei um pouco e fiquei ate chegar mais agente e dentro da minha vida dizer. ''Bem vindos, sejam para ficar ou não. Mas vamos aproveitar a noite pois o futuro sabe la.'' Eu conheço as pessoas e agradeço todas as noites antes de dormir por todas. Des do taxista que me levou ate a ultima pessoa que me viu na noite.
Sei lá, deve ser estranho isso para quem lê, mas é o mínimo que posso fazer por elas, pedir proteção e agradecer.

Conheci tanta gente em uma noite só que posso resumir algumas em poucas palavras. Marina, aquela amiga de verdade, engraçada, super gente boa e que ta pronta para me dar um soco na cara se eu fizer algum mal para a meu amor.
Namorada da Marina, aquela pessoa com uma puta vibração boa onde nada esta ruim. Tudo tem seu lado bom e vamos sorrir que é isso ae. Pessoas assim que eu gosto de conviver.
Bruna, nossa Bruna parece alguém que eu conheço um bom tempo, não sei explicar mas é aquela que vai sempre me ajudar a fazer surpresas, aquela que eu vou poder pedir ajuda e que sempre tem uma piadinha pra fazer. Gostei de verdade do jeito em que fui recebida por todos e acho que o que eu puder fazer para tornar cada dia melhor farei.

No meio de tudo isso eu só queria te roubar e ir pra um lugar bem longe. Eu estava feliz uma Tequilla para comemorar, umas três doses de Vodka com Energético e mais duas Ice. Acho que eu já estava solta o suficiente para dizer qualquer besteira em que eu tinha vontade.

A musica entrava, a batida me fazia querer te beijar a cada nuance de bumbo e caixa, e eu te beijei cada segundo querendo mais e mais e mais. Ai eu posso dizer que estava completamente feliz. Sabe, eu senti isso sábado, mas achei que talvez fosse do momento e esperei sentir de novo para ver se era real, e eu senti. Eu senti uma coisa boa que eu não sei explicar, uma mistura de querer te olhar, te beijar, te amar, te levar comigo e ficar te olhando já era o suficiente. Um frio na barriga, uma vontade enorme de gritar. E dizer que quero aquilo, aquele sentimento. Mas talvez por mais que você queria também eu compreendo seu lado. E penso que eu sei o quanto demorei para me recuperar, para acreditar que poderia gostar de alguém. Mas eu nunca deixei de tentar, ate encontrar com você sem motivo algum.

A hora gritava, eu queria levar você comigo. Eu só queria acabar a noite do teu lado mas eu precisava ir. Desci e ficamos por exatos trinta minutos dizendo coisas que ninguém precisa explicar. Eu sou assim, eu sou menina, eu sou querendo ou não. Já levei muitas porradas da vida e do amor e eu já sei o que eu quero agora. E eu vou te fazer perder esse medo. Só que ontem eu tomei uma decisão muito importante enquanto eu ouvia você dizer seus motivos sem eu ter a oportunidade de te perguntar. Eu não vou pedir. Eu quero muito, muito mesmo! Mas eu não vou pedir. Eu vou te respeitar por todos os dias em que estivermos juntos. E eu vou esperar um dia esse medo passar. Mas enquanto isso eu vou sonhar o dia em que você deixe de vez o seu passado para trás e queira você me pedir.
Mas pode ter certeza, de que continuarei sendo apenas sua. E de mais ninguém tendo algo de definitivo ou não. Enquanto estivermos juntos meu coração será seu e de mais ninguém.

Agora eu já sei o que eu quero pra mim, eu quero um dia contigo sem fim
Me traz aquela paz, me mostra o jeito certo de fazer tudo que você faz
Vem me mostra o teu sorriso, me leva ao paraíso eu vou sem passaporte pra voltar.


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