terça-feira, 10 de abril de 2012

Aperte o play e leia pela ultima vez e nada mais...



Conseguir entender o que as pessoas pensam nunca foi o meu forte, mas saber decifrar seus desejos mais fortes, sim. O que faço quando da sua parte não consigo nem ler o que teus olhos querem dizer!? Penso em inúmeras chances de te fazer feliz, mas de tanto bater de cara na porta do mundo que você criou para si mesmo estou com uma cicatriz enorme em minha mente. Onde estou perdendo a minha consciência por tempo indeterminado. Mas ainda permaneço aqui, cansada com as costas na porta, sentada no chão completamente sem ar esperando você abrir e dizer que posso ficar de vez. Mas se isso não acontecer prometo partir de vez quando o próximo trem passar me trazendo de volta para onde eu vim antes de chegar ate você...


Sabe, me deparei com o meu quarto totalmente de pernas para o ar. Uma bagunça incomum como se tivesse passado um furacão por ali e revirado tudo. Haviam fronhas manchadas de rímel e cobertas emaranhadas de uma noite não dormida. Eu podia sentir o cheiro da desordem de perto. Um cheiro doce, calmo que talvez venha da camisa jogada ao lado do travesseiro que por ventura deve ter sito o consolo da noite anterior.

Entrei, sentei e fiquei ali por algumas horas encostada na parede da janela pensando em tudo, e quase nada conclui. Levantei, joguei tudo para o chão, virei o colchão do outro lado, troquei os lençóis, as fronhas e qualquer vestígio de tristeza presente naquele quarto. Coloquei cores talvez. Catei os papeis de chocolate, os restos de papeis rabiscados e poucas das maquiagens espalhadas.
Essa confusão mental e sentimental esta me tirando do serio. Essas idas e vindas, esse silencio profano e profundo e essa calmaria. Arranquei a internet do celular para parar de me expor. To relutando contra meus dedos para não enviar mensagens e meu coração grita por tanta falta de paciência que me desespera. O que será isso? Uma prova para as minhas vontades? Ou apenas orgulho alheio recheado de mimimos de ambas as partes?
Na verdade eu não sei, só sei que existo aqui, e essa outra parte lá. O que esta acontecendo? Nem imagino, mas sei que essa falta que a falta faz esta me dominando e eu estou lutando comigo mesma para saber ate quando irei suportar. Mas enquanto isso, preservo os meus sentimentos, para que não sejam ditos com tanto apreço e recebidos com desinteresse. Relembre, fale, e sinta. O que mesmo você quer? O quão sou importante? Nada! Nada de nada e esse nada todo é um nada que me rotula de paciente e disciplinada.
Talvez uns tapas na cara vindo de amigas, ou algumas tardes ao por do sol cure, já existiu tempos muito piores e desses tirei o meu melhor. Por quanto tempo eu não sei, mas ainda estou aqui, só que em silencio e sentimento. Nada mais...

Relembrar e perceber que cheguei no limite da minha razão por pensar em apenas algumas únicas cenas que vem em minha mente. E essas cenas se repetem inúmeras vezes no meu dia ate eu pegar no sono e acordar suando e não conseguir dormir mais. Lá se vão três dias e nenhuma palavra a mais...

Ela desceu, ficou esperando o som do teu carro invadir a rua. Encostada na parede mexia no celular enquanto ouvia Incubus e tentava imaginar como proceder em meio a situação. O celular vibra e seu corpo junto. ''Desce!'' Foi o tempo de desencostar da parede e você chegar.
Ela entrou no carro relutando para não ter que olhar no seu rosto e sorrir, mexeu no celular mas não teve jeito. A saudade estava maior do que qualquer outra coisa, então ela se entregou nos lábios mais macios que poderia ter. Era uma prova de fogo, ela sabia que sofria o risco de amanha sofrer por vontade própria, mas decidiu seguir.
Falaram, falaram e falaram. Ate que chegaram na sua casa, ela quis ouvir ao invés de falar, para falar a verdade, ela estava como se fosse sua primeira vez. Nervosa, sem reação e querendo aquilo loucamente. Abriu as portas e aquele lugar calmo trazia a sensação de calmaria e de estar tão perto do céu como das ultimas vezes. ''Fazia um bom tempo que não vinha aqui. '' Disse ela relutando com as palavras na boca. Mas na realidade não fazia tanto tempo assim, mas para ela qualquer dia é uma eternidade.
Jogou-se na cama e ficou com uma das suas manias babacas de falar besteira nas horas erradas. Desajeitada como sempre via as luzes serem apagadas e uma melodia calma começava. Então os corpos começam a se entrelaçar e nada mais precisa ser dito.
Sua vontade era incontestável de querer aquilo ali, ela suspirava e se entregava completamente. Foi arrancando a sua blusa e deixando com que o balanço da cama fizesse o restante. Entre beijos e sorrisos as roupas estavam jogadas pelo chão.
Os pingos de suor seus caiam no corpo dela, e cada um era uma arrepio desigual. 
Ela passava as mãos pelo teu corpo enquanto o ritmo era único, ensaiado e sem roteiro. Os suspiros eram cada vez mais alto, ate que o apse do prazer foi encontrado de ambas as partes ate os corpos se encontrarem totalmente relaxados e desfeitos de qualquer irregularidade de ambas as partes.
Estavam assim, entrelaçados um ao lado do outro. A musica continuava a tocar e os sorrisos e palavras faziam parte de tudo aquilo. ''Essa é a parte que eu mais gosto. '' - Qual? ''Essa depois do amor, de ficar assim juntos conversando... '' E um cigarro foi queimado da forma em que ela relembrasse a primeira noite, a primeira vez...

(...)

E hoje o que restou? Nem ela sabe. Não sabe ao menos o que eram, o que são. Dentro dela existem inúmeras certezas, mas do outro lada não sabe o que se passa. Se ela pudesse mudaria tudo e deixaria por completo. Mas não tem o poder, pois existem certas coisas que não basta a vontade de um e sim de dois.

E então talvez ela tenha escolhido ficar na dela, pois quando há saudade existe amor, e o que é seu vem. Enquanto isso ela coloca suas coisas no lugar e espera, até a hora em que o tempo for só de passagem... E uma sms ou um telefonema mude tudo, pois ela cansou de brigar por querer te ter ao lado. E essa é a ultima vez que ela diz escrever sobre.

Sem mais, ela realmente gosta de você...

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