segunda-feira, 8 de agosto de 2011

E hoje vejo o certo atrasado...

''Sonhos reais e irreais, todos temos um, seja ele acordado ou adormecido no mais profundo desejo. Ela não lembrava mais como era sonhar, até porque talvez a realidade tenha se acomodado de uma forma calma... Que seja doce!''

Ela sempre surge nas horas mais improprias para me contar, e dessa vez ela não me pegou de surpresa, eu esperava. Mas não para falar do ''pequeno príncipe'' e sim de suas ultimas façanhas, e por fim como sempre ela me surpreendeu...

Dançava e brindava a vida quando o celular vibrou, tirou de seu bolso e por segundos todas as pessoas ao seu redor ficaram em câmera lenta e seu coração bateu mais forte, bem mais forte.

Ela se sentiu estranha, leu e releu o que dizia e respondeu acelerada sem saber bem o que estava fazendo. Tentou manipular seus pensamentos e acabar com tudo aquilo ali antes que voltasse a sentir o que sentia, e por segundos lembrava, e por outros não.

Mais uma, duas e a saideira. Cada segundo que o relógio rolava era um minuto a menos para ve-lo, mas ela tentava não pensar. Antes de ir embora uma musica familiar tocava e ela parou nas escadas para ouvir. Talking to the moon entre mixers e batidas descontroladas ia soando, ela não sabia se era da imaginação ou real, ate que voltou dois degraus e viu que era isso mesmo, a musica repetia os versos mais simples e ela sorria. Sorria por lembrar da outra parte da historia, a parte em que conseguiu acalma-la depois de longos meses, e que ela não esquecia por um segundo.
Segundos depois que seu celular vibra novamente e era um boa noite de vez, enquanto ela permitia dizer um ultimo te amo da noite.

(...)

Abriu as cortinas da sala e deitou-se no sofá na intenção de esperar os minutos que faltavam para o dia amanhecer. Mas não resistiu aos encantos do sono e acabou adormecendo...
12h ela levantou desesperada como se tivesse perdido a hora de algo muito importante e fitou seu celular com a esperança de ter algo, e nada. (...)
sms, sms, sms, sms
e ela adormeceu no tapete de seu quarto...

Jeans, camiseta e casaco. No caminho ela se despia das armaduras que a protegia ao pensar em cada palavra que iria dizer, decorava textos e na sua cabeça a trilha sonora de talking to the moon soava no intuito de ''Não me esqueça'' E ela sabia que não iria esquecer...
Seguiu a avenida como se fosse a mais curta da cidade e la estava no ponto de encontro...
Encosto a cabeça na portão e ficou ali, estática enquanto ouvia mil passos em suas costas e não havia ninguém. Ate que o portão se abre e ela vira levemente e sorri.
O fitou de cima a baixo e percebeu o quanto mudado ele estava, não sabia dizer o que. Mais alto, maior, lindo como sempre. Seu olhar doce de menino continuava o mesmo, sua voz a mesma e ali ela conseguia se sentir em solo familiar. Sem graça eles se abraçaram e o mundo parou. Por quase 2 minutos não se largavam. Eles se apertavam de uma forma como se o mundo fosse acabar ali, e pra ela ele poderia acabar, talvez era isso que ela quisesse, morrer nos braços do seu pequeno príncipe.
Caminharam de baixo do céu cor de rosa na noite quase fria (...)
Ela se sentou em uma mesa e ele de lado ficava olhando para ela, e eles se olhavam por muitos momentos, e sorriam, e o silencio predominava enquanto se olhavam tanto.
Falar sobre o passado talvez fosse o momento, mas relembrar das coisas boas predominou a noite. Ele citou que sempre tiveram a METADE do dia bom, e assim ele fechou os olhos e ficou por um tempo. Ele pegou a mao dela e trancou entre as suas, e deitou-se sobre seu ombro. Ela levantou puxou a cadeira para mais perto dele, e assim ela podia ouvir o coração dele no meio do barulho da rua.
Ele deitou sobre o pescoço dela e parecia sugar todo seu perfume, respirava com tanta força e ela se sentiu calma ali.
Só se ouvia respirações, e batidas de coração. Ate que um beijo leve e calmo, tomou conta dos dois.
Ela sentia como se nada daquilo tivesse acontecido, ela sentia como se ele sempre estivesse ali, e o beijou durou longos minutos.
Ele pediu para sairmos dali, vestido com o casaco que ela havia dado de presente ela observava i o modo como ele andava.
Viraram a esquina e um abraço forte prendeu os dois e dali ninguém mais largava. Beijos, carinhos, abraços e ela estava entregue de vez.
O perfume descrevia ele por inteiro, e seus suspiros lembravam a noite em que ela abriu seu coração para ele na sua cama, enquanto fazia carinho nos fios de seu cabelo.

O telefone tocou e ali eles trocaram milhões de beijos, carinhosos, e abraçados como se não quisessem mais se soltar.

E ela disse. ''Fica, fica para sempre.''

E ele sorriu

Caminharam ate o ponto inicial, e ele encostou no poste e pediu uma coisa a ela, e ela sorriu e disse que faria o mesmo.
Mas ali ela sabia que todos os seus medos voltavam a tona e como se fosse um imã, engraçado a quase pronuncia dessa palavra não?! As armaduras iriam voltando ao seu corpo.
Pedidos, lágrimas, sorrisos, olhares, beijos e confissões.

Dar tempo ao tempo sempre foi sua melhor decisão...
Ela seguiu pela noite fria...

O telefone tocou e uma sms dizia
''Espero que seu dia tenha sido lindo...''

Ela sorriu e percebeu que talvez tudo aquilo tenha sido um sonho, e ela ainda permanecia, da mesma maneira, no mesmo lugar...


''Eu tive sorte eu tive azar, tive motivos pra acreditar que existe gente com medo de arriscar. Eu tive sono quando eu dormia, tive amigos que não queria e inimigos que ainda quero bem. Mas como você, eu nunca tive ninguém...''





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