domingo, 18 de setembro de 2011

O penúltimo paragrafo é seu!

As dores estão demais, e não sei o quanto vou aguentar ficar escrevendo, mas eu preciso falar muitas coisas que estão martelando aqui.

O céu parecia tocar o chão ontem.
A brisa que batia no meu rosto enquanto andava de skate na praia ao som de scracho era sensacional, eu tinha o caminho livre apenas para meus pés e meu longboard. O mar parecia estar se mostrando para mim e as pessoas me olhavam admiradas. Eu tinha a sensação de estar sendo observada e não sabia o motivo, mas eis que me pego sentada em uma roda de violão com meus amigos e la estava meu corpo enquanto minha mente viajava.

A Lua e o seu amor, o planeta.
Ela parece tão grande ao lado dele, mas por dentro ele é muito maior que ela.
O som da noite se revezava com a batida das ondas e as cordas de violão, mas eu me sentia sozinha e ao mesmo tempo livre para dar as caras em qualquer coisa nova. A falta que um abraço quente faz, a falta que um olhar carinhoso e uma palavra de te amo causa dentro de mim. Mas ao mesmo tempo o medo bate e trava tudo que existe ali.

Andei de skate por um caminho calmo, tinha a companhia de uma amigo que estava há poucos metros de distancia, mas também esbanjava da vontade de ficar em silencio em quanto avistava o mar.
Chegamos antes de todos, sentamos sobre os skates de frente para o mar em um quiosque aconchegante, mas o silencio predominava a minha boca. Olhei nos olhos dele e disse que eu precisava contar coisas que ele ainda não sabia sobre mim. Sorrindo ele me fitou com aqueles olhos claros e respondeu, eu já sei o que você vai dizer.
Eu sorri e disse, você não sabe tudo... e contei tudo como se eu estivesse jogando para fora uma verdade continua de algo que eu queria esconder pra mim mesma.
Ele sorriu, me fez algumas perguntas e me revelou seu problema. Conversamos por minutos enquanto esperávamos os outros chegar...

Sentamos em um quiosque de temake. Sim temake!

Fazia tempo que eu não comia um dos meus preferidos, ou melhor o preferido, Califórnia!
Temake me lembra coisas boas, momentos bons e principalmente alguém que levarei para o resto da vida com muito carinho mesmo se algo nos afastou.
Sentados na mesa saboreei aquele divino cone, e riamos fazendo planos para o nosso final de semana. A dor do meu ombro começa a pegar meu rosto, mas mesmo assim eu sorria para esquecer, mas agradecia por estar viva e ali sorrindo ao lado deles.

Parece que o tempo passa mais rápido quando esquecemos de tudo, e ultimamente esta fácil esquecer. Comemos e pegamos o skate rumo a praça...

Parecia que a praia era minha e do Lucas, só nos dois andando com nossos problemas na mente e a Lua nos olhando.
Ele foi andando lentamente ate para ao meu lado, fomos conversando sobre a vida, eu ouvia ele dizer tudo que precisava e tentávamos achar uma solução para algo que sabemos que não tem saída.
Sinto ele como meu irmão, e fazia muito tempo que eu não sentia isso por algum amigo homem. Depois que o Victor sumiu da vida de todos, meu quadro de amigos homens sem segundas intenções ficou muito restrito, e com ele eu sinto confiança.

Encontrei mais amigo e decidi parar e convida-los para a roda de violão no aquário. Ele decidiu ir na frente. Minuto depois parti rumo ao encontro dele e ali só estava eu, a ciclovia da praia livre e a lua.
Na hora começou a tocar Sala de Jantar do Scracho e me bateu uma saudade. Mas eu preferi engolir como a gente engole o choro e lembrei que por mais saudade que eu sinta, de nada vai adiantar. E percebi que estava no mesmo lugar que eu vi pela primeira vez. Sorri e sacudi a cabeça na forma de embaralhar tudo e voltar onde parei.
Desci do Skate e sentei sobre ele enquanto conversava com o pessoal...

Conversa, musica, lua, saudade, lembrança, sorriso, piada, musica, skate, abraços, confiçoes, violão, céu, planeta, Agua e doce.

A dor tomava conta do meu corpo liguei para meu pai me buscar, o relógio marcava quase três e eu sabia que não teria forças para voltar para casa de skate. Por concidencia meu pai estava passando atras de mim. Entrei no carro apoiei a cabeça no encosto e fiquei olhando o asfalto sobre o chão.

Acordei, toquei, e vim para casa.

Recebi a noticia que a minha prima volta sábado e meus olhos encheram de lágrimas. Lágrimas de felicidade. Meu coração parecia que ia explodir e o sorriso tomou conta do meu rosto.
Nossa como eu preciso do abraço dela, como eu preciso das conversas e contar tudo que aconteceu comigo durante esses quase 2 anos longe.
Tenho tantas coisas para contar e fico imaginando sua reação, afinal ela tem 34 anos e toda essa experiência de vida que ela carrega na bagagem me encanta e me da vontade de seguir.
Eu juro que se ela voltar para Dublin, eu largo tudo e vou com ela desta vez. Não fui antes pois tinha um grande amor aqui e eu namorava, hoje não tenho nada que me prenda mais.

Já esperei tanto para ser feliz na vida, que devo partir de vez a espera de mim mesma. De me encontrar e deixar o destino ser escrito no meu lado cru da vida.

A dor esta demais, acho que não consigo mais escrever. So quero deixar claro duas coisas, eu sinto saudades, eu sou a mesma pessoa que conheceu mesmo você achando que não.
Eu sinto falta de você, eu sinto falta do teu jeito de falar e se irritar com as coisas que eu falo e de propósito, mas eu estou seguindo, você também e eu sei que vamos continuar assim. Eu só quero que saiba que sempre que precisar estarei aqui. Ultimamente sua presença na minha cabeça anda diminuindo, e ta cada dia menor, mas isso é melhor para ambas as partes, pena é matar tudo de uma vez, mas gradarei tudo de bom que você fez em mim. Ou melhor me fazendo ''amolecer'' depois de anos. O presente, quero que sempre que ouvir qualquer musica lembre de quem a música é o único modo de mostrar tudo aquilo que sentimos em canção... E por fim, no amor há verdade. E eu amei cada segundo da amizade que tivemos e sempre existiu verdade. Sempre que pensar em você te mandarei luz... Hoje te quero em paz e rezo por você mas sempre lembrarei ao comer sorvete de yogurt. <3 Ate um dia por ae...

Dizer tudo que estava entalado, e esvaziar a mala com as lembranças de vez, pois tem novas coisas para encher. Que eu volte onde parei por favor...

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