quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Travessia

Um dia simples e feliz é muito raro na minha vida. Sempre cheia de extremos, altos e baixos. Como o silencio é subtil, magnifico e misterioso. Me pego pensando em coisas, revendo palavras e sacudindo a cabeça de forma em que as embaralhem na minha cabeça na forma em que eu não consiga uni-las em frases novamente.

Que seja muito bem vinda dona sexta feira!
Hoje depois de muito tempo eu fechei a janela. Não vi a lua e muito menos a torre que rondava a vista do meu quarto. Enfim me acostumei talvez. Me assusto com a forma em que descubro como mudei depois de longos carnavais da minha vida.
O fato de ver como as pessoas gostam mais delas do que dos outros me deixam atordoada e eu me pergunto será que sempre vai ser assim? Mas me permito deixar sem resposta, de nada me importa. Ih, olha eu ae ''fazendo a egoísta''.

Focar no trabalho sempre me fez muito bem, e com isso tenho muito medo de viver para o trabalho, mas eu sei que são fases. Já passei do chefão master, (meu passado). Agora os próximos são apenas aprendizados.

Voltando para casa decidi voltar de ónibus, pois meu cansaço era evidente. Mas o otimo dia que tive não deixou nada me abater, e fiquei no ponto com um sobretudo preto, bem acinturado eu diria, Calça social preta e uma blusa de botões azul com punhos brancos. Elegante para uma menina de vinte anos. As vezes me deparo olhando no espelho e me surpreendo o quanto tenho e o quanto sou, e me deparo com pouca idade e inexperiência da vida que possuo. Mas sempre que caio tento fazer o meu melhor para me reerguer e virar uma mulher de garra e sabedoria.

Ao subir no ónibus me deparei com o único banco que mais gosto vazio. Pensei que seria sorte a favor. Sentei e lembrei que perdi meus fones. Abri o livro que possuía em mãos e comecei a folhear algumas paginar. Parei no primeiro capitulo e comecei a ler. Mas para falar a verdade eu não estava prestando atenção em uma palavra se quer. Eu estava completamente longe. Pensando na vida, pensando nas coisas que devo e quero fazer. E me peguei suspirando e olhando para as mil palavras que possuíam na pagina.
Fechei o livro, encostei a cabeça no vidro e sorri.
Desci alguns pontos antes de chegar, decidi que queria caminhar um pouco antes de chegar em casa.
E me deparei com uma senhora querendo atravessar cheia de sacolas, no chuvisco ralo que caia sobre o asfalto.

Não parava de passar carros. Olhei para ela, sorri e perguntei se poderia ajuda-la. Ela sorriu e disse que nao precisava. Insisti e disse que fazia questão pois de qualquer modo eu iria atravessar também.
Envergonhada ela largou duas sacolas em minhas mãos. Sim, estavam muito pesadas!
Dei o braço para ela e conseguimos atravessar. No curtíssimo caminho lembro que ela disse algumas palavras e era algo relacionado a velhice e jovens de hoje em dia.
Deixei ela na porta de casa, e o sorriso que ela me deu retribuiu qualquer coisa que eu poderia ter ganho no meu dia.
E eu retribui com o mesmo sorriso.

Caminhei mais uma quadra e cheguei em casa. Avistei o Albert fazendo festa da varanda pela minha chegada.

Quando cheguei minha mãe segurava um pote de sorvete de Yogurte toda feliz para me dar. Olhei, sorri e comi sentada no sofá contando como foi meu dia. Demos boas risadas e subi para tomar banho.

(...)

Amanha tem mais um dia fora da rotina, meu skate finalmente chega e a noite vejo pessoas que me fazem rir. Pois me fazer sorrir ta difícil. Rir, sorrir enquanto isso a gente só ri!

E termino com a musica que acabei de ouvir, não porque quis. Minha mãe escuta tv do quarto onde é impossível não ouvir...

Ps; Vou ter que ligar a tv, Nx me conquista >.<

Aonde estiver, espero que esteja feliz encontre seu caminho, guarde o que foi bom, e jogue fora o que restou...
Pois acredito nos meus sonhos, eu acredito na minha vida. E no meio dessa guerra, nenhum de nos pode ganhar...

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